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Metaverso, o isolamento social e o mercado imobiliário

Saiba quais mudanças de comportamento são necessárias para novos padrões de convivência entre as pessoas nos condomínios, nas cidades e em todas as relações.

Para começar a nossa reflexão e planejamento de 2022, temos que olhar ao mesmo tempo para o passado e para o futuro. E quando falamos num passado, não muito distante do mercado imobiliário, vimos a explosão dos condomínios clubes e o aprendizado social em compartilhar ambientes de lazer. Enquanto, se olharmos para o futuro, não podemos falar em imóveis que não estão conectados com as cidades, com o uso dos espaços públicos e das relações estabelecidas nestes locais.

Como disse Jeff Sneck no seu livro Cidades Caminháveis, só recentemente que o Brasil começou a entender a importância do uso dos espaços públicos como um elo entre pessoas, lugares e o estabelecimento das relações.

Apenas recentemente no Brasil começamos a entender a importância do espaço público das ruas como elemento-chave de integração social e econômica. E à medida que seu uso se torna mais intenso e que, por extensão, tais espaços se tornam mais disputados, evidenciam-se os problemas de conforto, abuso e saturação associados a eles. A óbvia constatação de que a rua é o elo entre um indivíduo qualquer que ocupa um lugar qualquer, e outro, em outro lugar, demonstra sua relevância para o estabelecimento de relacionamentos de qualquer natureza.” Jeff Speck, Cidades Caminháveis 

Nos anos 2000, naquele grande Boom imobiliário, os condomínios clubes de médio a alto padrão levaram as cidades pra dentro dos condomínios. Se por um lado existe um péssimo legado para as cidades: seus grandes muros e isolamento, por outro, havia um pensamento, mesmo que em alguns casos não postos em prática, de uso frequente e justo dos seus inúmeros equipamentos de uso compartilhado entre os moradores. 

Ao mesmo tempo, percebo que nem todos os condomínios conseguiram implantar uma vida em comunidade saudável e prazerosa. E me questiono como promover esse senso de comunidade, de compartilhamento de ambientes comuns para todos os lugares?

Assim como as cidades, quantos espaços sem uso estão entre os muros internos dos condomínios? Quantas piscinas vazias, quiosques, salões de festas, quadras… esvaziados por convenções e regimentos internos hiper restritivos que completam uma equação catastrófica: espaços caros, m² caros subutilizados, gerando custos de manutenção altos e pouca convivência. 

Penso que a cidade está evoluindo, mas que também temos que estimular mudanças de comportamento para nos adequar à essa nova realidade, respeitando o espaço do outro, sem precisar restringir a convivência social.  Antes desses condomínios abrirem um pouco para as cidades, mesmo com todas as suas limitações arquitetônicas, é preciso que eles se abram internamente como comunidade que habitam o mesmo espaço privativo comum. É a partir dessa mudança de pensamento que serão possíveis as grandes transformações.

São Paulo iniciou e lidera essa tendência mundial no Brasil, puxando assuntos como fachada ativa, ocupação dos espaços públicos, segurança, incentivo à habitação no centro até o exaustivamente usado termo do mercado imobiliário: COLIVING

O COLIVING apresentado tem alguns aspectos a serem analisados. A ideia central além de viabilizar o empreendimento é propor um estilo de moradia mais compartilhada entre pessoas, senso de comunidade, economia e um estilo de vida mais sustentável. Essa é a grande ideia por trás do marketing, um incentivo ao retorno dessa forma mais saudável de se relacionar e das pessoas se conectarem. E é aí que as duas tendências se encontram. Prédios “Vivos” contribuem para as cidades pensadas para as pessoas e vice-versa. Andabilidade, Cidade e bairros de 15 minutos, novos modais de mobilidade entre muitas outras tendências. 

A Pandemia em conjunção com os algoritmos, que nos mostram só o que gostamos e afastam nossas aversões, foram catalisadores desses isolamentos individuais. Hoje o tema do momento é o Metaverso, um novo universo que com uma proposta contrária, arrisco dizer, será de mais isolamento dentro do mundo de cada um e que não haja nenhum incômodo de conviver com a diferença. 

No mundo pós-pandêmico (que está muito além do vírus), o luxo será: as conexões verdadeiras entre as pessoas, os encontros casuais na rua, nos condomínios, a troca, a gentileza, o bom senso entre vizinhos. Temos poucas opções. Ou iniciamos nossas revoluções internas começando por onde e como moramos em comunidade ou seremos vítimas de um mundo cada vez mais distópico. 

Mas não se engane, a revolução não será televisionada, não será instagramada e nem será fácil. Ela exige altas doses de compaixão, resiliência e o exercício eterno de trazer nossos egos para seus devidos lugares.  Depende de todos nós, termos melhores lugares e pessoas para conviver. 

Feliz Ano Novo! Feliz Mudanças!

Carlos Andrade
Capa Concepts – Conceitos que Melhoram Vidas

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